"Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou! "

Florbela Espanca


quarta-feira, 25 de março de 2009

Súplica


Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.


Poema de Miguel Torga

14 comentários:

Maria disse...

Fiquei a ver o mar...
... e que poema tão bonito, sempre o mar, e Torga!

Obrigada, Margusta!
Beijinho

Mare Liberum disse...

Miguel Torga é um dos grandes, humilde como só os grandes sabem ser e canta o mar, a terra que dá o pão, o labor quotidiano de forma exímia. Bem-hajas por teres trazido aqui este belo poema.
Que Deus te dê tudo, tudo de bom para ti, para os teus filhos e restante família.

És uma querida amiga.

Bem-hajas!

Mil beijinhos

Menina do Rio disse...

Lindo! Mas será que queremos mesmo navegar nesta calmaria?...São as turbulências que nos mantém vivos!

Um beijo pra ti, Margusta

tulipa disse...

Querida Margusta,

Ando de dia para dia para te telefonar, para saber como correu a tua operação, mas a minha vida não me tem proporcionado tempo nem disposição.
Um dia destes hei-de telefonar.

Um beijo grande para ti!
Bom fim de semana!

tulipa disse...

Quero dizer que, estive junto à Tânia nos seus últimos minutos de vida; digo-te que ela partiu em Paz, muito calmamente a alma dela voou para junto de seus Avós e Amigos que já partiram.
Acabou-se o sofrimento.
Disse-lhe isso tudo ao ouvido, além de outras coisas. Dei-lhe muitos beijinhos e fiz-lhe festinhas e, ainda tenho o cheiro dela nas minhas mãos, no meu rosto; aquele cheiro dos cremes que usavam para a massajar diariamente, várias vezes ao dia. Saí de junto dela por volta das 18h 40m, e ela ficou com uma expressão doce no rosto.
Agora, ela precisa que rezemos pela alma dela.
As últimas pessoas que estiveram com ela, foi o namorado que saiu uns 30 minutos antes e eu fiquei junto dela, era algo que já tinha pedido a Deus, que na hora da partida, ela não estivesse só, sem alguém que a amasse e Deus fez-me a vontade.

TÂNIA DESCANSA EM PAZ MEU ANJO.

Alvaro Gonçalves Correia de Lemos disse...

Boa tarde Mar, minha amiga, aqui passo para "matar" a saudade e deixar o desejo que tua exposição decorra na maior das alegrias.
Beijoooooooooos

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...te invito a ver mis horas rotas ...tuyo jose ramon...

Ana P. disse...

Gostei, gostei mesmo. Grande poeta o Miguel Torga

Sofá Amarelo disse...

Puxa, o poema do Miguel Torga fez sentido recentemente na minha vida mas acabei por matar a sede com água salgada mas até me soube... bem! Coisas da vida!!!

Muitos beijinhos, Margusta. Boa Páscoa!!!

Domenico Condito disse...

Passei para lhe desejar uma feliz e Santa Páscoa!
Abraço

Maria Clarinda disse...

Lindo opoema que colocaste Margusta de Manuel Alegre. Espero que estejas bem, correu tudo bem?
Um beijo de carinho muito grande

C Valente disse...

O coelho da Páscoa anda á solta
Por muitas casa ele vai entrar
O ovo de chocolate oferecer
A todos Feliz Páscoa desejar

Páscoa Feliz com saudações amigas

Alfredo Coelho disse...

Olá Mar,
Surpresas boas como a tua visita ao meu recém e ainda vazio velho blogue, despertam em mim o desejo de ganhar a luta contra o tempo (ou falta dele) e voltar às boas e saudosas bloguices do tempo em que nos conhecemos.
Assim farei.
Parabéns pela maravilha dos teus blogues, lindíssimos e cada vez mais bem recheados.
Desejo-te de coração sucesso na exposição e uma Páscoa muito doce!
Beijo

EDUARDO POISL disse...

Lindo este poema.

Abraços