"Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou! "

Florbela Espanca


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sem (a)manhã

A manhã já foi parto de luz,
entrando pelos meus olhos,
onde o voo das mariposas acontecia.
Já foi jardins coloridos , orvalho de mel,
risos, promessas de amor...fantasia!

Mas agora, a manhã é desencanto...
Tem dedos longos e frios,
e as palmas das mãos vazias de nós,
contorcendo-se numa nudez inconformada!...
Tece com dor os fios da claridade,
que , teimam em tocar o meu corpo gélido...
Sereia de coral branco , definhando nas rochas,
entre restos de algas, e conchas azul-água.

Que as marés da saudade me levem,
para longe...bem longe!
Para essa distância da paixão separada,
onde deslizam as últimas lágrimas ,
mergulhando no abismo suicida,
de um poema inacabado...
Celebre-se o esquecimento,
que tudo termine ali!...
Porque sem ti,
não existe mais (a) manhã...

@Margusta
02/02/2009


Poema apresentado nas Noites de Poesia em Vermoim em 07/02/2009.
Tema " manhã"

6 comentários:

Maria disse...

Um dia destes ainda vou até Vermoim. Porque lá a poesia acontece...

Obrigada, Margusta.

Um beijo

amigona avó e a neta princesa disse...

Como se está bem por aqui...beijos amiga e tudo de bom...

Domenico Condito disse...

Olá,
Passei para avisar que tem um prémio no blog “Utopie calabresi” -http://utopiecalabresi.blogspot.com/
Parabéns!

rosa dourada/ondina azul disse...

Bonito Poema que apresentaste em Vermoim:)))


Boa semana,
Beijinho,

Um Poema disse...

....

Minha amiga,
O poema é lindo, apesar de tristemente magoado.

Um abraço

Fragmentos Betty Martins disse...

.______querida Margusta




que dizer










_________belo





adorei seguir o voo das gaivotas








beijO_____ternO