Bato as asas,
ao de leve tocam-me os dias;
Sóis anunciados na tela do tempo.
Tributos de luz em domínio de sombras,
rasgando os véus das coisas feitas.
Antecipação das noites,
anunciando luas frias.
Flores por nascer,
de aromas desconhecidos.
Frutos amadurecidos.
Trilhos sinuosos , corredor da vida.
Rios de memórias, desenhos trajectórias
de gestos passados.
Sonhos, fantasias,
revoltas, alegrias,
dores , encantamento...
Estilhaços!...
Movimento!
Azul e branco
Silêncio...
Cinza pranto
Esquecimento!
Lágrimas e sorrisos
a pairar no
firmamento...
Adivinho o mundo.
Cruzo o interminável.
Bato as asas... e ao de leve,
toco os dias...
Maria Augusta Loureiro
Margusta
Publicado no livro "Poemas sem Fronteiras"
do concurso de poesia do "Ora vejamos"
*Reservados os direitos de autor