Óleo S /Tela 60x100 ( Nos olhos da solidão)
Tenho andado ausente deste meu espaço, por vários motivos. Entre eles o facto do meu Pc ter estado avariado, e só ontem o ter tido novamente de volta. Com ele, também o meu regresso a este espaço, que é o Vosso espaço , e onde sinto a maior das alegrias em Vos receber. Vou regressar mas com passos muito lentos. Condicionada pela falta de tempo , e pelo desgaste físico e psicológico que sinto neste momento. Os últimos dois a três anos, que foram bastante desgastantes para mim, começam a surtir os seus efeitos. Talvez conseguisse superar as coisas melhor , se este ciclo já tivesse sido encerrado. Mas, a verdade é que continuo a conviver com a doença no meu dia a dia, tendo a Laura ao meu encargo com a doença de Alzheimer. Penso que conseguia lidar melhor com sondas , oxigénio, fraldas....e outras coisas...do que com a situação de desgaste que esta doença deixa naqueles que com ela convivem de perto. Já pedi ajuda, para me ensinarem como hei-de reagir em certas situações, sem que isso me provoque tanto desgaste, mas continuo à espera...
Obrigada a todos os que me têm deixado palavras amigas, obrigada também aos que têm passado em silêncio.
A todos um abraço sentido!
Vou deixar-Vos com um poema. O tema foi o proposto na noite de Poesia em Vermoim no passado dia 4 de Maio.
Não enviei a tempo pela falta do PC.
Pensamentos
Neste meu pensar tão intenso
Tantos pensamentos eu criei
Por egoísmo, ou falta de senso
Em minhas mãos os aprisionei
Esquecidos nas minhas mãos
Em meus dedos entrelaçados
Lamentaram-se, e com razão
Queriam asas, ser seres alados
Desde então, já não os silencio
E, nas mãos já não os aprisiono
Ainda que por breves momentos
Sei bem que na mente os crio
Sei bem que não querem dono
Sei que são livres os pensamentos@Margusta